Meus caros
Acabo de saber, pelo Provincial svd, Pe. José Antunes, que faleceu hoje, quarta.feira, dia 28, em Fátima, o Pe. Luís Kondor svd, que todos conheciam como vice-postulador da causa da beatificação dos pastorinhos de Fátima e, mais recentemente, do seu processo de canonização.
Tinha 81 anos e, ultimamente, estava a enfrentar problemas de saúde.
De qualquer modo, pelo menos para mim, mesmo sabendo que já se encontrava doente, a notícia foi inesperada.
As informações disponíveis são de que, neste momento, o seu corpo está em câmara ardente no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, a cuja comunidade sempre pertenceu, desde a sua vinda para Portugal, em 1954. As exéquias serão na sexta-feira, às 11 horas, na Basílica de Fátima, indo o seu corpo a sepultar no Cemitério de Fátima
Testemunho pessoal
Quando eu entrei em Fátima, no ano lectivo de 1957/1958, procedente de Guimarães, para frequentar o terceiro ano, era o Pe. Luís Kondor, de nacionalidade húngara, o Prefeito indigitado para tomar conta da nossa turma (médios), que acompanhou também no ano lectivo seguinte, de 1958/1959.
Nessa altura, já o Pe. Kondor estabelecia fortes laços de relacionamento com as famílias dos pastorinhos de Fátima, Jacinta e Francisco Marto, e também com a família da Irmã Lúcia, que na altura se encontrava no Carmelo.
Em parte sob a sua orientação, pudemos relacionar-nos também, muito de perto, com essas duas famílias, mas especialmente com a da Irmã Lúcia, que visitávamos frequentemente, sobretudo atraídos por uma enorme figueira que ali havia e de que podíamos usufruir á vontade, no tempo dos figos.
No quintal da casa da Lúcia era também local de romaria o poço de água, junto do qual terá aparecido o Anjo. Muitas vezes ali bebemos da água armazenada da chuva, já que não havia nascentes na região de Fátima, devido a ser uma zona calcária.
Além de professor de Religião, o Pe. Kondor dava-nos também aulas de física e de química, tendo-nos ficado na memória as experiências com a electricidade, as explosões com os ácidos e o laboratório de fotografia, com tomada de imagens, revelação dos negativos e cópias em papel fotográfico.
É, portanto, muito viva a memória que os estudantes da minha geração, que viveram em Fátima nos anos que se seguiram à abertura do seminário, têm do Pe. Luís Kondor.
De qualquer modo, pelo menos para mim, mesmo sabendo que já se encontrava doente, a notícia foi inesperada.
As informações disponíveis são de que, neste momento, o seu corpo está em câmara ardente no Seminário do Verbo Divino, em Fátima, a cuja comunidade sempre pertenceu, desde a sua vinda para Portugal, em 1954. As exéquias serão na sexta-feira, às 11 horas, na Basílica de Fátima, indo o seu corpo a sepultar no Cemitério de Fátima
Testemunho pessoal
Quando eu entrei em Fátima, no ano lectivo de 1957/1958, procedente de Guimarães, para frequentar o terceiro ano, era o Pe. Luís Kondor, de nacionalidade húngara, o Prefeito indigitado para tomar conta da nossa turma (médios), que acompanhou também no ano lectivo seguinte, de 1958/1959.
Nessa altura, já o Pe. Kondor estabelecia fortes laços de relacionamento com as famílias dos pastorinhos de Fátima, Jacinta e Francisco Marto, e também com a família da Irmã Lúcia, que na altura se encontrava no Carmelo.
Em parte sob a sua orientação, pudemos relacionar-nos também, muito de perto, com essas duas famílias, mas especialmente com a da Irmã Lúcia, que visitávamos frequentemente, sobretudo atraídos por uma enorme figueira que ali havia e de que podíamos usufruir á vontade, no tempo dos figos.
No quintal da casa da Lúcia era também local de romaria o poço de água, junto do qual terá aparecido o Anjo. Muitas vezes ali bebemos da água armazenada da chuva, já que não havia nascentes na região de Fátima, devido a ser uma zona calcária.
Além de professor de Religião, o Pe. Kondor dava-nos também aulas de física e de química, tendo-nos ficado na memória as experiências com a electricidade, as explosões com os ácidos e o laboratório de fotografia, com tomada de imagens, revelação dos negativos e cópias em papel fotográfico.
É, portanto, muito viva a memória que os estudantes da minha geração, que viveram em Fátima nos anos que se seguiram à abertura do seminário, têm do Pe. Luís Kondor.
A turma do terceiro ano 1957/1958, no Seminário do Verbo Divino, em Fátima.
Na primeira fila, em baixo, ao centro estão os padres Eugénio Selbach,
Carlos Diederichs e Luís Kondor (assinalado por uma seta)
O Pe. Luís Kondor e Fátima
Com a colaboração e sob o impulso do Pe. Kondor, foram sendo construídos, na altura, vários monumentos em Fátima, nomeadamente a Via Sacra e o Calvário Húngaro, com a capela no alto do Monte, o monumento dos Valinhos e a Loca do Cabeço, sítios que os videntes indicaram como locais do aparecimento da Senhora e do Anjo.São da escultora Carvalheira as estátuas de mármore que assinalam esses sítios. São da mesma escultora também as imagens em mármore da Capela do Seminário do Verbo Divino em Fátima.
Quando foi chamado, pelo bispo de Leiria, para assumir a causa de beatificação dos pastorinhos de Fátima, a partir dos anos sessenta, a vida e actividade do Pe. Luís Kondor tomaram outra direcção. Passou a dedicar-se, intensamente, à divulgação de Fátima no mundo e a procurar ajuda da cristandade dos países evoluídos da Europa, nomeadamente da Alemanha, para iniciativas a levar a cabo em Portugal, não apenas na diocese de Leiria, mas em várias dioceses de Portugal.
Informações mais pormenorizadas sobre essa benemérita actividade, que nos passou praticamente à margem, pois o Pe. Kondor deixou de viver no seminário, para se instalar numa casa, perto do santuário de Fátima, onde concentrava os serviços da causa da beatificação dos pastorinhos, dá-no-la a Agência informativa Ecclésia no seu site:
Exéquias
A celebração das Exéquias terá lugar na sexta-feira, dia 30, ás 11 horas, na Basílica do Santuário de Fátima e o sepultamento será no cemitério de Fátima.
A presença e participação neste momento de despedida, sera, certamente, um acto de homenagem a alguém que dedicou a sua vida inteiramente aos outros, mas especialmente a nós, que durante alguns anos estivemos sob a sua orientação educativa, pedagógica e espiritual. Uma oração em sua intenção.
Até sempre, Pe. Luís Kondor.
Armindo Cachada
Na horta da Casa da Lúcia, em Fátima, a turma do terceiro ano
aproveita para atacar uma figueira recheadinha de figos.
O Pe. Luís Kondor é o da esquerda, em batina, assinalado por uma seta
A turma do terceiro ano junto ao monumento à Senhora de Fátima,
nos Valinhos, na freguesia de Fátima
A mesma turma no cemitério de Fátima,
junto ao túmulo da pastorinha Jacinta Marto, cujo corpo foi,
mais tarde, trasladado para a Basílica de Fátima
A turma durante um passeio pelo bosque ainda no ano lectivo de 1957/1958, em Fátima
Durante um passeio à "Loca do Cabeço", em Fátima,
quando ainda não tinha sido esculpido nem colocado ali
o conjunto escultórico do anjo com os três pastorinhos de Fátima.
O Pe. Luís Kondor (ao cimo, à esquerda, sempre assinalado com uma seta).
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