domingo, 18 de dezembro de 2016

Encontro AAVD Norte - Guimarães - 17 de Dezembro de 2016

Realizou-se em Guimarães, no Seminário do Verbo Divino, na Madre de Deus, o Encontro de Natal da AAVD Norte, com uma trintena de presenças, alguns dos quais pela primeira vez. O encontro decorreu num ambiente de franco convívio, não só entre os participantes, mas também dos membros da casa verbita, sendo de destacar as presenças do Padre Manuel Abreu, reitor da casa SVD de Guimarães e do Pe. Valentim, Reitor da casa SVD de Fátima.
Seguindo o programa previamente elaborado, a partir das onze horas da manhã firam chegando os primeiros participantes, seguindo-se, ao meio dia, a celebração da Eucaristia, presidida pelo Padre Manuel Abreu.
Diga-se, a título de curiosidade, que a celebração da Eucaristia, à falta da antiga capela do Seminário, actualmente alugado à Associação Comercial e Industrial de Guimarães para ali instalar a Escola CISAVE, decorreu em capela improvisada no corredor que liga a residência da comunidade verbita ao antigo edifício escolar.
O almoço foi confeccionado pelo pessoal da casa e agradou a toda a gente,  bem como o lanche, constituído essencialmente por doçaria natalícia.
Momento importante do encontro foi a reunião que antecedeu o lanche, em que se debateram as relações da AAVD com a SVD, numa análise a situações que têm condicionado, de algum modo a boa cooperação. A presença dos dois reitores das casas verbitas de Guimarães e Fátima, padres Manuel Abreu e Valentim Gonçalves, foi importante não só para acolher sugestões, como para ajudar a temperar algumas mágoas que têm ficado dos últimos anos, ao nível da cooperação.
É natural que o desenvolvimento destas questões voltem a colocar-se em Maio próximo, no Encontro Nacional da AAVD.
Aqui fica o registo fotográfico do Encontro de Guimarães.
Armindo Cachada


Os participantes no encontro (falta o fotógrafo)
Na varanda do seminário, após o almoço

sábado, 17 de dezembro de 2016

LUX MUNDI Nº 262, de dezembro 2016

Meus caros
A edição em papel do LUX MUNDI nº 262, de Dezembro 2016, já está no correio, esperando-se que chegue a todos ao longo da próxima semana, ainda antes do Natal.
Entretanto, publica-se também por esta via do blogspot, para quem o preferir em digital.
A notícia do Encontro 2016 em Fátima já aqui foi notícia relativamente pormenorizada, com algumas fotografias. Neste número do Lux Mundi, que vai persistindo para "memória futura" da AAVD, dá-se maior destaque ao evento, não só em momentos fotográficos, mas também de descrição em texto.
Com esta informação seguem também os votos de Boas Festas de Natal e Ano Novo, com especiais saudações do Director e equipa técnica do LUX MUNDI.












Abraço a todos
Armindo Cachada

quinta-feira, 26 de maio de 2016


ENCONTRO ANUAL DA AAVD EM FÁTIMA NOS DIAS 21 E 22 DE MAIO 2016

 
Trabalhos da Assembleia Geral

Foi amplamente participado, este ano, o encontro nacional da AAVD em Fátima. Segundo o António Pinto, que fez diligentemente o levantamento de presenças, bateu-se o recorde de participação dos últimos 10 anos, com 122 presenças, das quais 61 sócios.Para uma adesão global semelhante é preciso recuar a 2007 com 115 presenças. 
O levantamento do A. Pinto, que será publicado no próximo número do Lux Mundi, indica os valores dos participantes registado em anos anteriores:
Em 2015 foram 101: 49 antigos alunos (AA), 30 esposas, 15 familiares e amigos e 7 membros da SVD.
Em 2014 foram 93, sendo 40 AA, 21 esposas, 7 familiares e amigos, 7 verbitas e 18 do grupo de concertinas.
Em 2013 foram 107, 46 AA, 25 esposas, 32 familiares e amigos e 4 verbitas
Em 2012 foram 99 os participantes, a que se juntaram mais 26 do grupo de concertinas convidado, o que totaliza 125 presenças.
O ano de 2011 foi o que teve menor participação com 56 presenças,  o que se deveu ao facto de a data do Encontro ter coincido com a das Eleições Legislativas.
Em 2010 tinham-se registado 89 presenças, em 2009 foram 104, e em 2008 o número desceu para 95. O maior número tinha sido atingido em 2007, com 115 participantes.
Caras novas ou sócios que não apareciam há muito tempo, desta vez foram seis, a saber: Abílio Frazão, António Afonso dos Santos (trazido por seu irmão Arlindo), Bento Cachada, João Barros, José M. Nobre (veio pela mão do Apolinário) e José Manuel Marques (amigo do Vitorino).
Uma reportagem mais completa deste encontro será feita no próximo número do Lux Mundo, com maior documentação fotográfica.

Para já, publicam-se algumas fotos dos principais números do encontro. 




Na Capela



Na celebração da Eucaristia


À saída da capela

Durante os trabalhos da Assembleia Geral

A foto de Família no final do Encontro







terça-feira, 4 de agosto de 2015

ANTÓNIO COUTO FERREIRA, nosso antigo colega de estudos na SVD, faleceu aos 69 anos





António Couto Ferreira


A MORTE NÃO É NADA.

Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.
Dêem-me o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Vocês que aí ficaram, sigam em frente,
a vida continua, linda e bela como sempre foi.

Santo Agostinho



ANTÓNIO COUTO FERREIRA, Couto para os amigos e familiares, faleceu com 69 anos no dia 1 de Junho, por volta das 4h da manhã, no IPO do Porto.

Numa colonoscopia realizada em março, foi-lhe diagnosticado um adenocarcinoma estenosante do cólon sigmóide. Em exames posteriores foi revelada metastização hepática o que impediu a cirurgia. Fez três sessões de quimioterapia com a esperança de vencer o tumor e de poder ser operado. Tivesse apetite ou não, fazia por comer mesmo quando já sentia algumas dores.

O seu corpo foi velado na capela da freguesia onde vivia (Viatodos, concelho de Barcelos). Depois da missa de corpo presente, o funeral seguiu para o cemitério da mesma freguesia. Foi um funeral digno do bem que fez a muitas pessoas da terra e do que a sua família representa para os amigos. Como sócio dos Bombeiros Voluntários de Viatodos, teve a sua representação no funeral. Foi sepultado em jazigo de família.

Deixa viúva a Dª Carolina, de 68 anos, dois filhos: Paula de 43 anos e Carlos de 41 anos, que é pai do Gabriel, seu neto de 4 anos, que ainda pergunta por que razão Jesus levou o avô.

Numa última homenagem ao pai, os filhos escolheram uma fotografia tirada por ele na praia onde passavam as férias juntos, para ser colocada na capa da pagela que entregaram às pessoas que assistiram à missa de sétimo dia. O poema selecionado foi o que acima transcrevemos, de Santo Agostinho.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

À PROCURA DE ABRIGO (em Belém de Judá)



Há uns dois mil anos (mais ou menos), na Judeia, dois viandantes, um homem e uma mulher viajavam para Belém, sua terra Natal, para se recensearem, segundo o édito do imperador romano César Augusto, cujas tropas ocupavam na altura as terras de Israel.

Pobres e cansados de uma longa viagem, como muitos outros viandantes que foram obrigados a demandar a terra natal para o recenseamento  imposto pelo ocupante romano, procuraram um sítio onde passar a noite, mas debalde. As poucas hospedarias estavam repletas e não havia lugar para mais alguém, muito menos para viandantes pobres.

Ele chamava-se José e ela Maria. Era um casal e ela estava grávida.
A noite ia adiantada, as estrelas brilhavam no céu e o frio era de enregelar.

A cada porta a que o casal batia, à procura de acolhimento, o diálogo terminava sempre com um rotundo não.

toc...toc... toc...toc...

- Quem bate aí?
- Dois pobres vindos a Belém.
- Que desejais?
- Queremos um abrigo aqui.
- É tarde já !
- Por amor de Deus vos pedimos; fatigados nós nos sentimos.
- Podeis pagar?
- Dinheiro nós não temos ó senhor.
- Saí daqui..!
- Ouvi-nos... suplicamos por favor...
- Avante… andai…!
- Havemos de agradecer…
- Não… jamais… não pode ser…  avante … andai... não entrareis!


E mais toc...toc... toc...toc... a outras portas sempre com a mesma nega.

Desesperados, o homem e a mulher procuraram refúgio numa gruta das muitas que é possível encontrar na região, como eu próprio pude comprovar no Natal de 2009 quando estive em Belém.
Foi no aconchego dessa gruta, onde os pastores guardavam o seu gado durante a noite, que o casal se recolheu, aquecendo-se com o calor dos animais.

Segundo a narrativa bíblica, tinha chegado o tempo de Maria dar à luz e foi ali mesmo,  sob o olhar ternurento dos animais, que teve o seu bebé, aconchegando-o e aquecendo-o nas palhas da manjedoura que servia de pasto aos animais.

É esta a história simples, humilde e muito humana do nascimento de Jesus, cujo nascimento nesta noite de Natal comemoramos.
É por isso que o evento que celebramos nesta noite nos deve servir de meditação sobre a mensagem de solidariedade que representa. Há muitos presépios vivos espalhados pelas nossas cidades.

PS: O diálogo aqui transcrito é o de uma parte de uma canção teatralizada em período de Natal pelas duas personagens da foto. Estamos no Natal de 1967. Alguém imagina quem serão os actores?

UM BOM NATAL PARA TODOS!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Faleceu a D. ANA, cozinheira durante dezenas de anos no Seminário SVD de Fátima

                                       
Adeus, D. ANA!

A Ana foi sempre uma das minhas referências do tempo que passei em Fátima.
Uma referência fundamental, como não podia deixar de ser, pois era ela quem nos preparava a comida. Mas não se limitava a isso. Era também uma mulher afável, comunicadora e, nas funções que desempenhava, também uma mãe que alimenta carinhosamente os filhos. E eram muitos.
Quando entrei em Fátima, em 1957, já ela ali se encontrava. E nestes últimos dez a doze anos, quando ali me deslocava para os Encontros Anuais da AAVD, apesar de reformada, continuava a encontrá-la no seu posto de trabalho, na cozinha do Seminário, onde permaneceu por muitas dezenas de anos. Em Maio deste último ano, no último Encontro da AAVD, voltei a procurá-la na cozinha, mas já não tive a sorte de a encontrar. 

 Missão cumprida
Acabo de saber que nos deixou definitivamente. Cumpriu a sua missão, partiu para a eternidade. Enfrenta agora o mais profundo do mistério da vida. Diz-nos a crença cristã que a vida não acaba, apenas se transforma. Não tenho dúvidas de que a Ana, como disse S. Paulo referindo-se a si próprio, combateu o bom combate; terminou a sua carreira, guardou a fé. Certamente que para ela estará guardada também a coroa de justiça que o "justo juiz" reserva para todos aqueles que tiverem esperado com amor o dia da sua aparição. 

 A despedida
Não tenho dúvidas de que a Ana deixa gratas memórias e saudades às muitas centenas de alunos que passaram pela casa de Fátima e com ela conviveram nos anos verdes da sua formação, apesar de, na sua maior parte, acabarem por seguir rumos de vida diferentes daquele para o qual estavam a ser preparados.
Não poderei estar amanhã em Fátima para a despedida. Mas deixo-lhe aqui o testemunho da minha admiração, homenagem e agradecimento pela forma carinhosa e preocupada como cuidou de todos nós, a partir do seu posto de comando na cozinha.
Já os antigos diziam: "bona culina, bona disciplina". E não tenho dúvidas que a acção da Ana a partir da cozinha terá contribuído enormemente para para a boa disciplina no Seminário e para o sucesso escolar dos jovens estudantes que por ali passaram.

Na galeria de memórias
Adeus, Ana. Partes, mas de certo modo ficas connosco. E quando, em Maio do próximo ano de 2015, voltarmos a Fátima para o próximo encontro da AAVD e eu passear pela mata-jardim do seminário, como costumo fazer religiosamente todos os anos nesse encontro, espero ver, no início do Caminho da Via Sacra, uma placa com o teu nome na galeria de memórias dos que já partiram.
Até à eternidade, Ana. Descansa em paz, pois deste alegria e vida a muita gente e ajudaste a formar muitos missionários. Vamos todos sentir a tua falta.
AC


PS: Segundo informação da SVD, a D. Ana faleceu hoje, dia de São Francisco Xavier, padroeiro das Missões. O velório será na Capela do Seminário do Verbo Divino em Fátima e o funeral amanhã, dia 4, às 15 horas.

sábado, 25 de outubro de 2014

Foi há 50 anos - uma aventura na Barragem de Castelo de Bode

Lembrando o Pe. EUGÉNIO SELBACH
e as Bodas de Ouro sacerdotais do Pe. José Hipólito Jerónimo


 
Esta foto publico-a em homenagem ao Pe. Eugénio Selbach.

Foi tirada no dia 13 de Setembro de 1964, durante umas férias verbitas na BARRAGEM DE CASTELO DE BODE. Foi o dia em que um temerário trio de aventureiros, constituído pelo Pe. Hipólito Jerónimo, Carlos Matos e Armindo Cachada, se aventurou a atravessar a nado, sem qualquer apoio de segurança, a larguíssima barragem, num muito próximo da paredão curvo de betão que sustém a profunda albufeira de águas.

Aquela barragem era, na altura, e creio que talvez continue a ser hoje, a mais alta de Portugal, ou, se quisermos, a mais profunda, com 115 metros desde a base das fundações até à cota de coroamento.

A travessia, efectuada sem barco de apoio, como exigiria uma aventura daquelas, terminou muito bem, apesar de representar talvez mais de 500 metros desde a margem (praia fluvial) onde costumávamos tomar banho até ao outro lado da albufeira. Ainda hoje não percebi muito bem o que nos levou a metermo-nos naquela perigosa aventura. Certamente a inocência da idade, a ignorância dos riscos e uma natural irresponsabilidade.

É claro que o almoço, bem apetitoso e sumarento e com um excelente melão como sobremesa, como se vê pela foto, não dispensou um sério ralhete por parte do Pe. Eugénio aos três aventureiros e só não foi mais severo porque, entre os "irresponsáveis", se encontrava o Pe. Hipólito Jerónimo, que acabara de ser ordenado sacerdote há pouco mais de um mês. Foi o que safou os outros dois.
O recado foi entendido e as férias continuaram alegres, sem aventuras de maior significado até ao final das mesmas.

Lembro este episódio, 50 anos depois da sua ocorrência, também como homenagem ao P.e Jerónimo que, não só naquele tempo, mas ao longo dos 50 anos do seu sacerdócio, foi sempre uma pessoa excepcional quer na sua vida de dedicação à missão que escolheu, quer como companheiro dos confrades com quem conviveu.
Aqui lhe deixo expresso meu profundo respeito e admiração, com um grande abraço de amizade.
Ao Pe. Carlos Matos deixo também aqui a minha especial saudação.
Armindo Cachada.