António Couto Ferreira
A MORTE NÃO É NADA.
Eu somente passei
para o outro lado do Caminho.Dêem-me o nome
que vocês sempre me deram,
falem comigo
como vocês sempre fizeram.
Continuem a rir
daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim.
Rezem por mim.
Vocês que aí ficaram, sigam em frente,
a vida continua, linda e bela como sempre foi.
Santo Agostinho
ANTÓNIO COUTO FERREIRA, Couto para os amigos e familiares, faleceu com 69 anos no dia 1 de Junho, por volta das 4h da manhã, no IPO do Porto.
Numa colonoscopia realizada em março, foi-lhe diagnosticado um adenocarcinoma estenosante do cólon sigmóide. Em exames posteriores foi revelada metastização hepática o que impediu a cirurgia. Fez três sessões de quimioterapia com a esperança de vencer o tumor e de poder ser operado. Tivesse apetite ou não, fazia por comer mesmo quando já sentia algumas dores.
O seu corpo foi velado na capela da freguesia onde vivia (Viatodos, concelho de Barcelos). Depois da missa de corpo presente, o funeral seguiu para o cemitério da mesma freguesia. Foi um funeral digno do bem que fez a muitas pessoas da terra e do que a sua família representa para os amigos. Como sócio dos Bombeiros Voluntários de Viatodos, teve a sua representação no funeral. Foi sepultado em jazigo de família.
Deixa viúva a Dª Carolina, de 68 anos, dois filhos: Paula de 43 anos e Carlos de 41 anos, que é pai do Gabriel, seu neto de 4 anos, que ainda pergunta por que razão Jesus levou o avô.
Numa última homenagem ao pai, os filhos escolheram uma fotografia tirada por ele na praia onde passavam as férias juntos, para ser colocada na capa da pagela que entregaram às pessoas que assistiram à missa de sétimo dia. O poema selecionado foi o que acima transcrevemos, de Santo Agostinho.